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quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

HISTÓRIA: EUA e Cuba restabelecem relações diplomáticas


Imagem meramente ilustrativa

Tópico 0974

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o seu congénere cubano, Raúl Castro, inauguraram esta quarta-feira (17) uma nova fase nas relações entre os dois países, afastados desde a década de 60 por um rigoroso embargo diplomático e económico que mantém a ilha governada em regime comunista debaixo de um estatuto de isolamento que muitos consideram uma “relíquia” da Guerra Fria.

Os últimos 50 anos mostraram que essa política falhou, é tempo de experimentar uma nova abordagem”, declarou Obama, ao anunciar uma série de medidas destinadas a facilitar o acesso de pessoas e bens dos EUA para Cuba, que será oficialmente retirada da lista de países que apoiam o terrorismo coligida pelo Departamento de Estado.

Em discursos praticamente simultâneos, em Washington e Havana, os dois líderes fizeram referência à história conturbada entre os respectivos países, e ao mesmo tempo aos progressos recentes: o relaxamento de algumas restrições comerciais por parte dos EUA, ou as reformas económicas encetadas pelo Governo de Havana. Sem negar a existência de discordâncias e até tensões em diversas matérias, tanto Obama como Castro mencionaram uma intenção similar de encontrar soluções para ultrapassar os problemas entre os dois países. “Devemos aprender a arte de conviver, de forma civilizada, com as nossas diferenças”, sustentou Raúl Castro, na sua breve alocução televisiva.

Barack Obama, que já em 2009 defendeu um novo paradigma para o relacionamento entre os EUA e Cuba, justificou as suas decisões insistindo nas palavras “abertura”, “transformação”, “liberdade” e também “oportunidade” e “prosperidade”. “Todos somos americanos”, sublinhou o líder norte-americano em espanhol, argumentando (de novo em inglês) que a troca, livre e aberta, de informações, tecnologias e entre os dois países seria de benefício mútuo. “É um novo capítulo entre as nações das Américas”, considerou.

Pelo seu lado, Raúl Castro lembrou que apesar do restabelecimento das relações diplomáticas, e da boa-vontade para a discussão de matérias como os direitos humanos ou a política externa, o embargo económico permanece em vigor. “O principal continua por resolver. O bloqueio económico e financeiro, que causa enormes prejuízos ao nosso povo, tem de acabar”, defendeu.

No entanto, a Administração Obama não está preparada a ir tão longe na sua acção directa – as medidas económicas anunciadas ainda não põem termo ao embargo. O Presidente manifestou o desejo de trabalhar com os líderes do Congresso para mudar as restrições consagradas na legislação norte-americana: “Espero iniciar um debate sério e honesto com o Congresso, que é o único órgão com competência para rever ou anular o embargo (através da redacção e aprovação de uma nova lei)".

Ainda antes da declaração de Obama, vários legisladores republicanos vieram esvaziar o balão do optimismo e atirar um balde de água fria sobre essa possibilidade: o speaker do Congresso, John Boehner, antecipou uma movimentação em bloco dos conservadores para impedir qualquer iniciativa legislativa no sentido de pôr fim ao embargo. “As relações com o regime Castro não devem ser revisitadas e muito menos normalizadas antes que o povo cubano goze de liberdade”, declarou, classificando as medidas de Obama como concessões impensáveis feitas a uma ditadura que brutaliza o seu povo e conspira com os inimigos dos EUA.

O veterano senador da Florida Robert Menendez censurou a decisão de trocar três espiões condenados por um americano inocente. Para o seu correligionário Marco Rubio, apontado como um dos putativos candidatos à nomeação republicana para as presidenciais de 2016, “a abertura manifestada com os irmãos Castros levará outros tiranos, de Caracas a Teerão a Pyongyang, a perceber que se podem aproveitar da inocência de Obama nos próximos anos”.

Em Miami, onde reside a maior comunidade de exilados cubanos (há cerca de dois milhões de cubanos nos EUA, 55% dos quais são cidadãos americanos), a reacção ao discurso de Obama também foi maioritariamente negativa, com os líderes da diáspora a rejeitarem qualquer iniciativa de reconciliação com o regime castrista. No início do mês, os cubanos de Miami aplaudiram entusiasticamente o antigo governador da Florida Jeb Bush, que anunciou a sua intenção de concorrer à Casa Branca em 2016, quando este disse que em vez de levantado, o embargo a Cuba devia ser fortalecido.

Porém, os números recolhidos em Fevereiro deste ano numa grande sondagem do Atlantic Council demonstram que esse não é o sentimento da opinião pública norte-americana. A nível nacional, 56% dos inquiridos mostraram-se a favor da normalização de relações e do início de contactos directos entre os EUA e Cuba, com 35% a oporem-se à mudança da actual política. As respostas à mesma pergunta, apenas no estado da Florida, balançam ainda mais o pêndulo a favor das mudanças: 63% são a favor da abertura e 30% são contra (a divisão é praticamente a mesma entre os hispânicos/latinos).


O papel do Papa

O papel do Papa Francisco foi fundamental para assegurar a libertação de Gross, explicou também Obama. O chefe da Igreja Católica trabalhou igualmente para conseguir que Washington libertasse três ex-agentes dos serviços secretos cubanos, Ramón Labañino, Gerardo Hernández e Antonio Guerrero, os três que sobravam do grupo conhecido como os Cinco de Cuba (um foi libertado em 2011, outro em Fevereiro deste ano). “A sua transferência para Cuba está completa”, confirmou pouco depois do discurso de Obama o porta-voz do Departamento da Justiça, Brian Fallon.

As negociações dos últimos meses, que tiveram lugar no Canadá e envolveram um grupo bipartidário de membros do Congresso, resultaram ainda na libertação de um antigo agente dos serviços secretos norte-americanos “que reuniu informação crucial para o Governo” e que se encontrava detido na ilha há 20 anos. “Felicitamo-nos ainda com a libertação dos presos políticos cubanos”, disse. Havana decidiu libertar 53 prisioneiros que os EUA consideram presos políticos.

Enumerando as aberturas realizadas pelo regime cubano desde que Raul Castro substituiu Fidel no poder em Cuba, Obama felicitou-se pelo maior acesso à Internet por parte dos seus cidadãos e por aumentar as suas relações com organizações internacionais, como a ONU e o Comité Internacional da Cruz Vermelha.

Orgulhosamente, os EUA apoiaram a democracia e a defesa dos direitos humanos em Cuba”, disse o Presidente norte-americano, avisando que se mantêm divergências difíceis de ultrapassar. “Os cubanos dizem não é fácil. A mudança é difícil, principalmente quando carregamos o peso da história nas costas. Mas estas mudanças são necessárias. Devemos aprender a conviver com as nossas diferenças", disse Castro.


Mensagem do Papa Francisco

“O Papa Francisco deseja expressar sua mais viva satisfação pela histórica decisão dos Governos dos Estados Unidos e de Cuba de restabelecer relações diplomáticas, com o fim de superar, no interesse dos respectivos cidadãos, as dificuldades que marcaram sua história recente”, informou em uma nota a Secretaria de Estado do Vaticano, no final da tarde desta quarta-feira (17/12).

“No decorrer dos últimos meses – continua a mensagem – o Santo Padre Francisco escreveu ao Presidente da República de Cuba, Sr. Raúl Castro, e ao Presidente dos Estados Unidos, Sr. Barck H. Obama, convidando-os a resolver questões humanitárias de interesse comum, entre as quais a situação de alguns detentos, com o objetivo de iniciar uma nova fase nas relações entre as duas partes”.

A Secretaria de Estado recordou que no último mês de outubro as Delegações dos dois países estiveram no Vaticano, ocasião em ofereceu uma intermediação “para favorecer um diálogo construtivo sobre temas delicados, do qual nasceram soluções satisfatórias para ambas as partes”.

“A Santa Sé – conclui a mensagem – continuará a assegurar seu apoio às iniciativas que as duas Nações tomarão para incrementar as relações bilaterais e favorecer o bem-estar dos respectivos cidadãos”.

Agradeço o apoio do Vaticano e do Papa Francisco por ter contribuído para melhorar as relações entre Cuba e Estados Unidos”, afirmou o Presidente cubano Raúl Castro em uma mensagem divulgada em Havana.



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Marcelo Gil é Conciliador e Mediador Judicial capacitado nos termos da Resolução nº 125 de 2010, do Conselho Nacional de Justiça, pela Universidade Católica de Santos. Mediador capacitado para a Resolução de Conflitos Coletivos envolvendo o Poder Público, pela Escola Nacional de Mediação e Conciliação do Ministério da Justiça - ENAM-MJ. Pós-graduado em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário SENAC. Gestor Ambiental capacitado em Gestão de Recursos Hídricos pelo Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais - PNC, do Ministério do Meio Ambiente. Inscrito no Conselho Regional de Química da IV Região e no Conselho Regional de Administração de São Paulo. Graduado pela Universidade Católica de Santos, com Menção Honrosa na área ambiental, atribuída pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas - IPECI, pela construção e repercussão internacional do Blog Gestão Ambiental da UNISANTOS. Corretor de Imóveis desde 1998, agraciado com Diploma Ético-Profissional pelo CRECI-SP, por exercer a profissão por mais de 15 anos sem qualquer mácula. Homenageado pela Associação Brasileira de Liderança - BRASLIDER, no Círculo Militar de São Paulo, com o Prêmio Excelência e Qualidade Brasil, na categoria Profissional do Ano 2014 - "Corretor de Imóveis/Perito em Avaliações - Consultor de Negócios Imobiliários, Turismo e Meio Ambiente". Inscrito no Cadastro Nacional de Avaliadores do COFECI. Perito em Avaliações Imobiliárias com atuação no Poder Judiciário do Estado de São Paulo. Especialista em Financiamento Imobiliário. Agente Intermediador de Negócios. Pesquisador. Técnico em Turismo Internacional desde 1999. Associado a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor - PROTESTE. Associado ao Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor - IDEC. Membro da Academia Transdisciplinaria Internacional del Ambiente - ATINA. Membro da Estratégia Global Housing para o Ano 2025. Membro do Fórum Urbano Mundial - URBAN GATEWAY. Membro da Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis. Membro da Rede de Educação Ambiental da Baixada Santista - REABS. Filiado a Fundação SOS Mata Atlântica e Colaborador do Greenpeace Brasil.


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Um comentário:

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